Selva urbanaMais do que adornar as casas com um toque de natureza, as plantas são organismos vivos. Interagem com o nosso corpo e com a nossa mente sem sequer que nos apercebamos. Acho que foi por isso que me comecei a fazer, aos poucos, a minha selva urbana – o conceito de “urban jungle” que se resume a ter bastantes plantas dentro de casa.

Tudo começou quando mudei temporariamente de casa.

Visto que fui para um espaço muito mais amplo, adquiri uma planta de interior, relativamente grande, que coloquei meio escondida num canto da sala. Até hoje ela existe e resistiu à minha total falta de conhecimento sobre como tratar dela. É uma sobrevivente, tal como grande parte das plantas de interior.

A minha segunda planta surgiu lá em casa graças ao Instagram. Após ver a planta da batata doce em várias contas de Instagram e o quão rápido crescia, decidi experimentar com a minha enteada. Pegámos numa batata doce e lá a colocámos dentro de água. O crescimento foi brutal e, em poucas semanas, já tínhamos uma planta enorme. Foi aí que surgiu, verdadeiramente, a vontade de criar uma espécie de “urban jungle” – uma mini-selva dentro de casa.

Onde moro agora não me permite ter plantas espalhadas por toda a casa. Por isso, criei o meu próprio espacinho dentro do meu quarto. Uma espécie de “altar” onde comecei a colocar as minhas plantinhas. Uma que recebi de oferta num evento e que, apesar de moribunda, consegui salvar. As outras fui trazendo de casa dos meus pais, comprando no Jumbo ou plantando eu própria, como é o caso do manjericão e da batata doce (que espero que pegue).

Selva urbanaA verdade é que nem sei o nome de todas as plantas que tenho (shame on me!). Tenho uma menta-limão, um manjericão, uma suculenta, uma aloé vera, uma Spathiphyllum “Cupido” e as outras não sei de que espécie são.

Como se pode ver, estou muito longe de conhecer toda a ciência por detrás do mundo das plantas. Tenho um grande trabalho de investigação para conhecer melhor as espécies que já tenho e de que forma as posso tratar para que cresçam bem e saudáveis. Mas o principal está lá – o gosto por cuidar delas, por vê-las crescer.

Enquanto não posso ter animais de estimação e não tenho um filho, posso sempre sentir conforto nas minhas plantas. São seres vivos que requerem atenção e cuidados e que, aos poucos, se vão tornando parte de nós e das nossas rotinas.

Apercebi-me que já estava demasiado “plant lady” quando, ao ir de férias de Natal, fiquei realmente preocupada sobre se as plantas iriam sobreviver a tantos dias sem serem regadas. Dei por mim a pensar nelas várias vezes durante as férias, com receio que morressem. Felizmente aguentaram-se e compensei os danos mas percebi que há algo que me tranquiliza quando olho para este meu cantinho. Quando as vejo crescer, saudáveis. A dar flor.

Há muitas outras plantas que gostava de incluir no meu quarto. Adoro trepadeiras e a forma como, quando já grandes, fazem uma decoração tão bonita. E adoro cactos, já de tamanho grande e médio, bem como as monsteras.

Tenciono continuar a herdar plantas, a transplantar outras e a receber outras tantas como presente. Aos poucos, vou criando a minha “urban jungle” e vou compondo o meu cantinho.